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Perguntas frequentes
sobre lentes de contato

1. Podemos considerar os olhos uma das regiões um pouco mais vulneráveis do corpo? Por quê?

R.: Com certeza, não só são vulneráveis como também devemos lembrar que a visão é o mais importante sentido que temos. Realmente os nossos olhos são sujeitos a uma série de problemas.

2. Quais cuidados devem ser tomados no dia a dia para proteger a visão?

R.: Depende muito da pessoa, idade, local onde mora e atividade. Por exemplo, em algumas épocas do ano, como no verão, há aumento na incidência de conjuntivite viral. Por isso, deve-se evitar aglomerações e ter cuidado com pessoas que apresentam o problema. É sempre prudente lavar as mãos com frequência e tomar  cuidados básicos de higiene. Já no inverno, com a estiagem, aumenta a poluição e isso pode evidenciar sintomas de olho seco, sendo muitas vezes necessário usar colírio lubrificantes, ou seja, lágrimas artificiais.

3. Há quanto tempo as lentes foram criadas? Desde então, de que materiais elas já foram feitas? No que isso influenciou seu uso e cuidados de manutenção?

R.: Existem relatos desde a época de Michelangelo mas ela ganhou mais força e espaço a partir do final dos anos 60, quando apareceram as gelatinosas (material: HEMA = Hidroximetilmetacrilato), fazendo com que as lentes se tornassem mais populares por serem mais confortáveis. Antes disso, só haviam lentes duras, de acrílico (Metilmetacrilato ), que são excelentes porém menos confortáveis. Hoje existem novos materiais, sendo o mais recente o Silicone Hidrogel, que é mais fisiológico pois permite que mais oxigênio chegue á córnea. Além disso, elas podem ser descartáveis, o que pode ser interessante para algumas situações  (pacientes alérgicos ou que não realizam os cuidados de limpeza de forma adequada ), o que pode diminuir o aparecimento de complicações.

4. Qual a diferença da lente de contato para os óculos, em termos de correção das falhas de visão? Quais as vantagens e desvantagens de cada uma?

R.: A lente de contato tem vantagens óticas em relação aos óculos em situações como nos portadores de graus muito altos, em que observa-se uma melhora na qualidade da visão, além da estética e conforto. Outro exemplo são as pessoas com astigmatismos irregulares, ceratocone e transplante de córnea, nas quais a lente proporciona uma  melhora significativa da visão, reabilitando a pessoa e permitindo que a mesma trabalhe e estude.

5. Vemos cada vez mais pessoas que usam lentes no lugar dos óculos. Existe realmente um aumento nos pedidos de receitas? A que se atribui isso?

R.: Temos observado um aumento, mas ainda tímido. Um número grande de pessoas ainda usam óculos e poderiam usar lentes, mas muitas vezes não têm as informações necessárias sobre o tema. Mas a tendência é aumentar.

6. Muitas pessoas têm dificuldade em se adaptar com as lentes? As novas tecnologias e materiais ajudam nessa adaptação?

R.: Dificuldades podem ocorrer com as pessoas que têm uma condição mais complicada nos olhos ou quando são mal orientadas e acabam tendo problemas que interferem no uso das lentes. A adaptação das lentes não é tão simples e, em alguns momentos, é trabalhosa e difícil. As córneas e os olhos não são todos iguais e muitas vezes temos a presença de doenças corneanas e cirurgias prévias que fazem com que seja mais difícil encontrar a lente mais adequada, que não cause desconforto. Temos em nosso meio cada vez mais lentes e materiais, permitindo que se  consiga atender um número cada vez maior de pacientes. A tendência é que cada vez tenhamos melhores resultados.

7. Lentes podem causar alergias? Existe alguma contraindicação para seu uso?

R.: Não exatamente as lentes, mas em alguns pacientes, por tendência ou mau uso, elas podem acumular depósitos de proteínas da lágrima que podem aderir à lente de contato, o que causa reação alérgica. Pessoas sem higiene apropriada, idosos que não conseguem manipulá-las, crianças que não têm monitoramento constante dos pais não devem usar lentes, bem como pessoas que tenham algum processo inflamatório ou infeccioso em atividade ou problemas na córnea que possam ser piorados. Mas normalmente, na maioria das situações, a contraindicação é relativa.

8. Quais são as limitações para o uso de lentes (como não dormir com elas, tempo de uso)? É possível que elas diminuam com a evolução de sua confecção?

R.: Normalmente todas as lentes, independente do tipo, devem ser limpas e desinfetadas diariamente e submetidas a processos de retiradas desses depósitos. O correto é limpar as lentes todos os dias, usar as soluções apropriadas, descartar no tempo adequado, e em caso de dúvidas, procurar o médico. Todos os trabalhos mostram que dormir de lente aumenta chance de complicações. As mais temidas são as úlceras de córnea, mas existem também problemas alérgicos e tóxicos.